-->

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Os primeiros serão os últimos

Naquele tempo, começou Pedro a dizer a Jesus: “Eis que nós deixamos tudo e te seguimos”. Respondeu Jesus: “Em verdade vos digo, quem tiver deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos, campos, por causa de mim e do Evangelho, receberá cem vezes mais agora, durante esta vida — casa, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições — e, no mundo futuro, a vida eterna.

Muitos que agora são os primeiros serão os últimos. E muitos que agora são os últimos serão os primeiros”. (Mc 10,28-31)
Veja a homilia de Mons João Clá Dias.

domingo, 15 de janeiro de 2017

Evangelho III Domingo do Tempo Comum – Ano A - Mt 4, 12-23

Comentários ao Evangelho III Domingo do Tempo Comum – Ano A
12 Ao saber que João tinha sido preso, Jesus voltou para a Galileia. 13 Deixou Nazaré e foi morar em Cafarnaum, que fica às margens do Mar da Galileia, 14 no território de Zabulon e Neftali, para se cumprir o que foi dito pelo profeta Isaías: 15 “Terra de Zabulon, terra de Neftali, caminho do mar, região do outro lado do rio Jordão, Galileia dos pagãos! 16 O povo que vivia nas trevas viu uma grande luz e para os que viviam na região escura da morte brilhou uma luz”. 17 Daí em diante Jesus começou a pregar dizendo: “Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo”. 18 Quando Jesus andava à beira do Mar da Galileia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André. Estavam lançando a rede ao mar, pois eram pescadores. 19 Jesus disse a eles: “Segui-Me, e Eu farei de vós pescadores de homens”. 20 Eles imediatamente deixaram as redes e O seguiram.
21 Caminhando um pouco mais, Jesus viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João. Estavam na barca com seu pai Zebedeu consertando as redes. Jesus os chamou. 22 Eles imediatamente deixaram a barca e o pai, e O seguiram.
23 Jesus andava por toda a Galileia, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando todo tipo de doença e enfermidade do povo (Mt 4, 12-23).
O início da vida pública
Por que terá escolhido Jesus a diminuta Nazaré para viver, e a dissoluta Cafarnaum para iniciar sua pregação? Na vida do Salvador todos os acontecimentos se explicam por elevadas razões de sabedoria.
I – Fim do regime da lei e dos profetas
12 Ao saber que João tinha sido preso, Jesus voltou para a Galileia.
A prisão do Precursor, determina o fim do regime da Lei e dos profetas e o começo da pregação sobre o Reino dos Céus, conforme veremos na Liturgia deste 3º Domingo do Tempo Comum.
“Entre o jejum e as tentações de Cristo no deserto e a prisão e o martírio do Batista — que São Mateus contará detalhadamente mais adiante (14, 3-12) —, decorre um lapso de tempo de alguns meses, durante o qual Jesus exercita seu primeiro ministério nas terras da Judeia e Samaria. O Evangelista São João é o único que nos faz conhecer essa lacuna deixada pelos sinópticos. Jesus Cristo, depois dos quarenta dias que passou no deserto, voltou para onde estava o Batista, pregando às margens do Jordão. Ao vê-Lo, João testemunha que Aquele é o Cordeiro que vem destruir o pecado no mundo, e alguns discípulos começam a seguir Jesus. Este vem com eles para a Galileia, onde opera seu primeiro milagre em Caná; dali parte para Cafarnaum; depois de poucos dias volta à Judeia para celebrar a Páscoa. Prega e realiza alguns milagres em Jerusalém, o que dá ocasião ao colóquio noturno com Nicodemos. Durante alguns meses continua pregando nas regiões da Judeia e, nessa ocasião, é preso o Batista. Por este motivo, empreende Cristo sua volta à Galileia, passando pela Samaria (Jo 1, 29—4, 4).
“São João Batista foi entregue ao tetrarca Herodes Antipas pelos escribas e fariseus, como insinua o mesmo Cristo mais adiante (cf. Mt 17, 12). É esta a razão pela qual Cristo foge para a Galileia, apesar de esta província estar sob o domínio de Herodes, inimigo do Batista. Os fariseus da Judeia ficavam muito incomodados — como adverte São João (4, 1) — pelo fato de os discípulos de Jesus serem mais numerosos que os do Batista, e teriam aproveitado, sem dúvida, qualquer ocasião favorável que se lhes apresentasse, para pôr também Cristo nas mãos de Herodes”.1